Você sabe a história por trás da campanha Setembro Amarelo?

Conteúdo criado por humano

Você sabe a história por trás da campanha Setembro Amarelo
Quero cotar plano de saúde gratuitamente!
Reading Time: 4 minutes

Quando falamos em Setembro Amarelo, logo pensamos em conscientização sobre a prevenção ao suicídio. Mas você já se perguntou como e por que essa campanha começou? Entender a sua origem é essencial para perceber a importância de falar sobre saúde mental e, principalmente, para ajudar na quebra de tabus que ainda cercam o tema.

A origem do Setembro Amarelo

A origem do Setembro Amarelo

A campanha teve início em 1994, nos Estados Unidos, após uma tragédia que marcou profundamente a comunidade: o jovem Mike Emme, de apenas 17 anos, tirou a própria vida. Conhecido por sua habilidade em mecânica, Mike havia restaurado um carro Mustang amarelo, que se tornou símbolo da sua história. Mike era considerado um adolescente amoroso, prestativo e engraçado, por conta disso, seu suicídio surpreendeu a todos. Isso reforça, ainda mais, a necessidade de estarmos atentos aos sinais das pessoas ao nosso redor. Nem sempre uma pessoa que está enfrentando problemas psicológicos deixará isso evidente.

No dia do funeral, familiares e amigos distribuíram fitas amarelas com mensagens de apoio e incentivo, pedindo que ninguém mais sofresse em silêncio. Esse gesto deu início a um movimento que se espalhou pelo mundo.

No Brasil, a campanha chegou oficialmente em 2014, por iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). Desde então, todo o mês de setembro é dedicado a conscientizar sobre a prevenção do suicídio, um problema de saúde pública global.

Por que Setembro Amarelo é tão importante

Por que Setembro Amarelo é tão importante?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Mas o tema não se limita a uma faixa etária: atinge pessoas de todas as idades, gêneros e condições sociais.

O grande desafio é que, muitas vezes, sinais de alerta passam despercebidos ou são minimizados. Por isso, falar abertamente sobre saúde mental é a melhor forma de quebrar preconceitos e incentivar a busca por ajuda.

De acordo com o Ministério da Saúde, 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais, sendo em primeiro lugar a depressão. Alguns dos principais sinais de depressão são: desinteresse, apatia, choro frequente, baixa autoestima, entre outros.

Sinais de alerta que merecem atenção!

Sinais de alerta que merecem atenção!

Estar atento pode salvar vidas. Os sinais de que alguém pode estar passando por um momento difícil nem sempre são claros, mas alguns indícios merecem atenção especial:

  • Isolamento repentino: quando a pessoa começa a se afastar de amigos, familiares e atividades que antes faziam parte de sua rotina, demonstrando falta de vontade de socializar.
  • Mudanças bruscas de humor: variações frequentes entre tristeza profunda, irritabilidade ou apatia, que podem indicar sofrimento emocional.
  • Falas sobre morte ou desesperança: comentários frequentes sobre não ver sentido na vida ou expressões ligadas à vontade de desistir.
  • Queda no desempenho escolar ou profissional: dificuldade de concentração, desmotivação ou perda de interesse pelo trabalho e estudos.
  • Desinteresse por atividades prazerosas: abandono de hobbies, esportes ou momentos que antes traziam alegria, sinalizando perda de prazer em viver.

Esses sinais não devem ser ignorados. É fundamental acolher sem julgamentos, oferecer apoio e orientar a busca por ajuda profissional, como psicólogos ou psiquiatras. Um simples gesto de atenção pode representar um passo decisivo para salvar uma vida.

Como contribuir para a prevenção

Como contribuir para a prevenção

A prevenção começa com atitudes simples, mas extremamente poderosas, capazes de transformar realidades e salvar vidas:

  • Ouvir sem julgamentos: muitas vezes, quem sofre precisa apenas ser acolhido. Escutar com atenção, sem críticas ou interrupções, demonstra empatia e faz a pessoa se sentir menos sozinha em sua dor.
  • Incentivar a procura de apoio especializado: psicólogos e psiquiatras têm papel fundamental no tratamento, oferecendo acompanhamento adequado, diagnóstico e estratégias de cuidado. Mostrar que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem, pode ser decisivo.
  • Compartilhar informações confiáveis: combater mitos e disseminar conhecimento de qualidade sobre saúde mental é essencial para quebrar preconceitos e mostrar que falar sobre o assunto é necessário.
  • Apoiar campanhas e ações de conscientização: quanto mais o tema for debatido em escolas, empresas, comunidades e nas redes sociais, mais pessoas terão acesso a informações que podem salvar vidas.
  • Manter uma rede de apoio ativa: familiares, amigos e colegas atentos criam um ambiente seguro, no qual a pessoa se sente acolhida e encorajada a buscar ajuda quando necessário.

Cada gesto de atenção e cada palavra de apoio podem abrir caminhos para a esperança. Falar sobre prevenção é um ato de cuidado que pode fazer toda a diferença.

Onde buscar ajuda

Se você ou alguém próximo está passando por um momento difícil, é importante lembrar que ninguém precisa enfrentar isso sozinho. O sofrimento emocional pode parecer insuportável, mas sempre existe um caminho de apoio e acolhimento.

No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece escuta qualificada e anônima pelo telefone 188, de forma gratuita e disponível 24 horas por dia, em todos os dias da semana. Além disso, o atendimento também pode ser feito pelo site www.cvv.org.br, onde é possível conversar via chat ou e-mail com voluntários preparados para ouvir e ajudar.

Buscar ajuda é um ato de coragem e um passo fundamental para superar momentos de dor.

Setembro Amarelo mais que uma campanha!

Setembro Amarelo mais que uma campanha!

 

O Setembro Amarelo é muito mais do que um mês marcado no calendário: é um convite para refletirmos sobre a vida, a empatia e a importância do cuidado com a saúde mental.
Falar sobre suicídio é salvar vidas e cada conversa aberta pode ser o primeiro passo para a mudança.

Neste Setembro Amarelo, seja você também um agente de prevenção. Um gesto de atenção pode fazer toda a diferença.

Leia também nosso texto sobre Agosto Dourado: a campanha que incentiva o aleitamento materno

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *