Aspirina… Um nome tão conhecido quanto presente em muitos lares. Mas será que você sabe de fato para que ela serve, como deve ser tomada e quais são seus possíveis efeitos colaterais? Embora seja um medicamento bastante utilizado, ainda existem muitas dúvidas e até mitos sobre seu uso. Entender essas questões é fundamental para aproveitar seus benefícios sem colocar a saúde em risco.

O que é a aspirina?
A aspirina, cujo princípio ativo é o ácido acetilsalicílico (AAS), pertence ao grupo dos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e é considerada um marco na história da medicina moderna. Desenvolvida no final do século XIX, pela empresa farmacêutica Bayer, rapidamente se tornou um dos medicamentos mais utilizados em todo o mundo. Sua fama não se deve apenas à eficácia no tratamento de sintomas comuns, mas também à sua versatilidade, que abrange desde o alívio de dores leves até a prevenção de problemas cardiovasculares graves.

Para que serve a aspirina?
A aspirina é versátil e pode ser indicada em diferentes situações médicas. Entre as principais funções, destacam-se:
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Alívio da dor: eficaz contra dores de cabeça, musculares, dentárias e cólicas.
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Redução da febre: auxilia no controle de estados febris.
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Ação anti-inflamatória: indicada em inflamações leves a moderadas, como artrite.
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Prevenção de doenças cardiovasculares: em doses baixas, ajuda a reduzir o risco de infarto e AVC em pessoas com fatores de risco ou histórico clínico.
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Prevenção da formação de coágulos sanguíneos: por sua ação antiplaquetária, pode ser recomendada em casos específicos sob supervisão médica.
Como tomar a aspirina corretamente
O uso da aspirina deve sempre ser feito sob orientação médica, pois a dosagem ideal varia de acordo com a condição clínica e a necessidade de cada paciente. No tratamento de dores e febre, por exemplo, a dose geralmente indicada varia entre 500 mg e 1000 mg, administrada em intervalos que precisam ser determinados por um profissional de saúde. Já para a prevenção de doenças cardiovasculares, a recomendação costuma ser bem diferente: nesse caso, o uso é feito em doses menores, normalmente entre 75 mg e 325 mg por dia, justamente porque a intenção é aproveitar seu efeito antiplaquetário sem aumentar o risco de efeitos adversos.
Outro ponto importante é a forma correta de ingestão. O medicamento deve ser tomado após as refeições, pois isso ajuda a minimizar irritações no estômago, um dos efeitos colaterais mais comuns do ácido acetilsalicílico.

Possíveis efeitos colaterais da aspirina
Apesar de seus benefícios, a aspirina pode causar efeitos indesejados, principalmente quando usada de forma inadequada ou sem acompanhamento médico. Os mais comuns incluem:
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Irritação ou dor no estômago.
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Azia e náuseas.
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Risco aumentado de sangramentos.
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Reações alérgicas em pessoas sensíveis ao ácido acetilsalicílico.
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Em casos raros, úlceras gástricas e sangramentos digestivos.
Por isso, é importante suspender o uso e procurar atendimento médico diante de qualquer reação adversa incomum.
Quem não deve usar aspirina?
A aspirina não é indicada para todos e pode trazer riscos em determinadas situações. Crianças e adolescentes com sintomas de gripe ou catapora não devem utilizá-la devido ao risco da síndrome de Reye. Pessoas com alergia ao ácido acetilsalicílico, portadores de úlceras ou problemas gástricos graves, além de indivíduos com distúrbios de coagulação ou que usam anticoagulantes, também precisam evitar o medicamento. Gestantes no último trimestre só devem usá-lo com recomendação médica. Por isso, o uso da aspirina deve sempre ser avaliado por um profissional de saúde, evitando complicações.

Alívio com cuidado!
A aspirina é um medicamento amplamente utilizado e, quando prescrita corretamente, traz benefícios importantes para a saúde, desde o alívio de dores até a prevenção de problemas cardíacos. No entanto, como qualquer fármaco, deve ser usada com cautela e sob acompanhamento profissional.
Se você pensa em usar aspirina de forma contínua ou em doses preventivas, converse primeiro com seu médico. Lembre-se: automedicação pode trazer mais riscos do que benefícios.
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