O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, muitas vezes associada à infância, mas que também pode afetar adultos. Causado por um vírus da família Paramyxoviridae, ele se espalha facilmente pelo ar, através de gotículas liberadas ao tossir, espirrar ou até falar. Bastam poucos minutos de contato com uma pessoa infectada para que o contágio ocorra, e o vírus pode permanecer ativo no ambiente por até duas horas após o paciente sair.
Nos últimos anos, o Ministério da Saúde tem alertado sobre o aumento de casos entre adultos e reforçado a importância da vacinação. A queda na adesão às campanhas e o crescimento da desinformação sobre vacinas trouxeram de volta doenças que estavam controladas há décadas — e o sarampo é uma das mais preocupantes.

O retorno do sarampo entre adultos
Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de eliminação do sarampo. No entanto, a baixa cobertura vacinal observada nos anos seguintes resultou em novos surtos. Entre os adultos, os casos acontecem principalmente por dois motivos: pessoas que não foram vacinadas na infância e aquelas que não tomaram a segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
Muitos adultos acreditam estar imunes por já terem sido vacinados há décadas, mas a imunidade pode diminuir com o tempo. Por isso, mesmo quem foi vacinado na infância deve verificar se o esquema vacinal está completo. A ausência de reforço pode deixar o organismo vulnerável, especialmente em tempos de aumento da circulação do vírus.
Sintomas do sarampo na fase adulta
O sarampo costuma se manifestar de 10 a 14 dias após o contágio, e seus sintomas podem ser mais intensos em adultos do que em crianças. Os principais sinais incluem:
- Febre alta e persistente
- Manchas vermelhas na pele, que começam no rosto e se espalham pelo corpo
- Tosse seca e irritação na garganta
- Coriza e congestão nasal
- Olhos avermelhados e sensíveis à luz
- Manchas brancas na boca, conhecidas como sinais de Koplik

Esses sintomas são facilmente confundidos com os de outras doenças virais, o que torna essencial procurar atendimento médico para um diagnóstico correto. O sarampo em adultos pode evoluir rapidamente e causar complicações sérias, como pneumonia, otite, diarreia e até encefalite — inflamação cerebral que pode deixar sequelas neurológicas. Gestantes também correm risco, pois o vírus pode causar parto prematuro, baixo peso do bebê e até aborto espontâneo.
O diagnóstico é feito com base na observação clínica e confirmado por exames laboratoriais, que detectam o vírus ou os anticorpos específicos. Embora não exista tratamento antiviral, os cuidados visam aliviar sintomas, evitar desidratação e prevenir complicações. O paciente deve permanecer em repouso, manter-se hidratado e seguir as orientações médicas. Em casos graves, a internação pode ser necessária.
A importância da vacinação
A vacina tríplice viral é a forma mais eficaz de prevenir o sarampo. Ela está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e protege contra sarampo, caxumba e rubéola. O esquema vacinal é simples: crianças devem tomar a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses, enquanto adultos de 18 a 29 anos precisam de duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas. Já pessoas de 30 a 59 anos devem ter pelo menos uma dose.
Quem não tem certeza se foi vacinado deve procurar uma unidade de saúde para se imunizar novamente — não há contraindicação em receber uma dose extra. Essa medida é essencial para manter a imunidade coletiva, reduzindo a circulação do vírus e protegendo toda a comunidade.
Além da vacinação, é importante adotar hábitos que ajudam a reduzir o risco de contágio, como higienizar as mãos com frequência, manter ambientes ventilados e evitar contato com pessoas doentes.

O papel da prevenção!
Manter a vacinação em dia é uma atitude que salva vidas. Quando mais pessoas estão imunizadas, menor é a chance de o vírus se espalhar. Essa responsabilidade é coletiva — proteger-se é também proteger o outro. O retorno do sarampo entre adultos serve como alerta de que a prevenção nunca deve ser deixada de lado.
O sarampo é mais do que uma simples doença infantil: é um desafio de saúde pública que exige atenção, informação e compromisso. Adultos que viajam, convivem com muitas pessoas ou trabalham em ambientes fechados devem redobrar os cuidados, garantindo que sua caderneta de vacinação esteja atualizada.
Na Rota Seguros, acreditamos que cuidar da saúde é um ato de proteção e responsabilidade. Por isso, incentivamos a busca por informação e prevenção. Estar atento às vacinas, reconhecer os sintomas e procurar atendimento médico são atitudes que fazem toda a diferença.
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